As ações preferenciais da Oi abriram o pregão de 26 de agosto valendo R$ 1,22. No fechamento, valiam R$ 1,34. Foi uma alta de 9,8%. Somente às 23:35 de ontem, um fato relevante foi publicado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dizendo que a telecom havia assinado um contrato com o Banco BTG Pactual para viabilizar a compra do controle da TIM, atualmente nas mãos da Telecom Itália. De acordo com dados da Economatica, o volume negociado também subiu significativamente. Nos dez dias anteriores, a média diária foi de R$ 47,5 milhões. Ontem, foram mais de R$ 121 milhões negociados.
Se houve um boato a respeito da compra, ele não ganhou o mercado como um todo. Uma reportagem do jornal Valor Econômico, publicada na edição impressa de hoje, 27 de agosto, conversou com alguns analistas, que associaram a oscilação a um comunicado enviado na noite de 25 de agosto pela Portugal Telecom (em processo de fusão com a Oi) à CMVM, regulador português. O comunicado dizia que a Espírito Santo International havia pago, em janeiro e fevereiro desse ano 750 milhões de euros referentes a títulos de dívida de curto prazo detidos pela PT. Esse dinheiro, entretanto, não tem nada a ver com os 897 milhões de euros que a RioForte, holding do grupo Espírito Santo, tomou emprestado da PT , não pagou e continua sem pagar. O calote foi a razão para que a participação da portuguesa na brasileira fosse reduzida de 36,6% para 20%.
É no mínimo estranho que uma dívida liquidada há mais de sete meses tenha provocado uma oscilação tão intensa – a oscilação das ações da Oi foi maior, inclusive, que a da PT. Na Bolsa de Lisboa, o preço dos papéis da portuguesa subiram 6,88% ao longo do dia de ontem.
Ao ser questionada sobre a abertura de uma investigação para verificar se houve negociação com informações privilegiadas (insider trading) a CVM respondeu que “acompanha e analisa as informações e movimentações envolvendo às companhias abertas e o mercado bursátil, tomando as medidas cabíveis, quando necessário”.
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